A Educação Adventista no estado de Goiás realizou um treinamento essencial para capacitar professores, servidores e administradores em primeiros socorros, cumprindo as exigências da Lei Lucas (Lei nº 13.722/2018). Servidores das nove unidades goianas participaram da capacitação, com conteúdos teóricos e práticos sobre primeiros socorros. O curso, que aborda técnicas como ressuscitação cardiopulmonar (RCP), controle de hemorragia e desengasgo, garante às escolas o Selo Lei Lucas, válido por dois anos. Mais do que atender às normas legais, o treinamento é um compromisso com a segurança das crianças. O objetivo é preparar os profissionais para lidar com emergências e salvar vidas. “Este treinamento é sobre prevenção e cuidado. Nossa missão é proteger a vida de cada aluno sob nossa responsabilidade”, destacou o pastor Thiago Maillo, diretor da Educação Adventista em Goiás. Criada em 2018, a Lei Lucas homenageia Lucas Begalli Zamori, que faleceu após engasgar durante um passeio escolar. Para Maillo, a capacitação vai além da regulamentação: “Estamos formando equipes que podem salvar vidas, prevenindo tragédias com ações rápidas e corretas. Isso reflete nosso compromisso com o cuidado integral – físico, emocional e espiritual – dos nossos alunos.” O professor Paulo Júnior de Souza Porto, palestrante do evento e especialista na Lei Lucas, destacou a baixa adesão à lei no Brasil. “Menos de 5% das escolas estão reguladas. A Lei Lucas é fundamental, mas muitas instituições só procuram treinamento após incidentes. A Educação Adventista está na vanguarda, promovendo a conscientização e salvando vidas”, disse.

Preparação essencial

Douglas Luz, diretor do Colégio Adventista Novo Mundo, reforçou a relevância do curso. “Hoje, nossos colaboradores estão capacitados para atender emergências envolvendo alunos, colegas e até visitantes. Essa preparação é indispensável para garantir a segurança de todos”, afirmou.

Para Thiago Maillo, o impacto da capacitação vai muito além do ambiente escolar. “Nós tivemos relatos de pais e professores que aplicaram essas técnicas e salvaram vidas em situações cotidianas, dentro e fora da escola. Isso prova que o conhecimento adquirido aqui transforma vidas”, ressaltou.

Relatos emocionantes

Rose Quadros, monitora da Escola Adventista de Rio Verde, compartilhou sua experiência pessoal. “Minha filha engasgou com fruta e leite ao mesmo tempo, e graças a um curso básico de primeiros socorros, consegui salvá-la. Agora, me sinto ainda mais preparada para agir com agilidade e salvar vidas, seja em casa ou no trabalho”, disse.

A auxiliar de serviços gerais no Colégio Adventista do Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, Maria Antônia Souza Santos, vivenciou algo bem semelhante, quando sua filha também engasgou relembrou o caso de sua filha. “Ela engasgou com um caroço de pitomba. Agi no desespero e consegui salvar sua vida, mas, com o que aprendi aqui, seria muito mais fácil. Agora, sei como agir sem nervosismo e com mais precisão”, explicou.

Em ambos os casos, as profissionais afirmaram que estão mais preparadas com o treinamento para atender as demandas de socorro, caso venha a ser preciso. “Esse treinamento mostra como devemos reagir em situações adversas, principalmente de engasgo. Então, nossos alunos estarão mais seguros, sem dúvida alguma”, enfatizou Rose Quadros.

Cuidado com o futuro

A Educação Adventista reafirma, com a capacitação, seu compromisso com a segurança e bem-estar de alunos e colaboradores. “Prevenção é cuidado. E cuidar é a nossa missão”, concluiu Thiago Maillo, reforçando que o treinamento não é apenas uma obrigação, mas um reflexo dos valores da instituição.